segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Avaliação Manchester City 2x2 Tottenham

Imagem retirada do site Brasil Spurs


  Com um pouco de atraso, farei um resumo desse jogão pela 22ª rodada da Premier League. Esse era um dos jogos com mais expectativa dessa rodada. O Tottenham tinha como principal objetivo encostar no líder Chelsea, enquanto o City queria encostar na zona de classificação para a Liga dos Campeões. Além de tudo isso, o jogo seria marcado pela possível estréia de Gabriel Jesus.

  Além de tudo isso, as duas equipes são conhecidas por um futebol bonito e ofensivo, ou seja, a expectativa era de um jogo daqueles. O time da casa entrou com um 4-1-4-1, composto por: Bravo; Zabaleta, Otamendi, Kolarov e Clichy; Yaya Touré; Sterling, De Bruyne, Silva e Sané; Agüero. O Tottenham entrou com três zagueiros, mas rapidamente abriu mão dessa formação, que inicialmente foi: Lloris; Dier. Alderweireld e Wimmer; Walker, Wanyama, Dembelé e Rose; Eiksen e Dele Alli; Harry Kane. A mudança de esquema se deu com Dier virando volante e Walker e Rose recuando para completar a defesa.

  O primeiro tempo foi muito intenso, o City de Guardiola fez excelente primeira etapa e o esquema, que é o mesmo utilizado por Tite no Corinthians e na seleção, funcionou muito bem. De Bruyne e Silva comandavam as ações ofensivas, contando com a velocidade de Sané. A defesa também não deixava nada passar, principalmente Otamendi, que estava inspirado. Além disso, Yaya Touré jogou como primeiro volante, relembrando os tempos de Barça. É verdade que o marfinense foi titular jogando dessa forma por conta das várias ausências nessa posição, mas pode ser que Pep insista em utilizá-lo dessa forma.

  Apesar do primeiro tempo muito bom dos Citzens, que não fazia o gol por falhar nas finalizações e também deixar de finalizar em boas oportunidades, o Tottenham também não jogava mal. Na defesa, Alderweireld provava mais uma vez que é um dos melhores zagueiros da liga e fazia uma partida simplesmente impecável. O mesmo pode-se dizer do volante Wanyama. O time também conseguia encaixar um ou outro contra-ataque, mas sem levar tanto perigo.

  A principal diferença do segundo tempo foi que os times conseguiram converter as chances em gol. Insatisfeito com o time muito fechado, Pochettino colocou Son (ponta) no lugar de Wimmer (zagueiro). Dessa forma, Dier voltou para a zaga, Son abriu pela esquerda e Alli pela direita.

 As mudanças dos Spurs não surtiram efeito imediato, porque com apenas 3 minutos Sané abriu o placar. De Bruyne deu um lançamento sensacional para Sané, Lloris tentou afastar, não conseguiu e Sané só mandou para o gol. Mesmo com a vantagem, o time de azul continuou pressionando, jogando com posse de bola e muito intensidade e, dessa forma, foi premiado com mais um gol. Dessa vez, não precisaram de nenhuma grande jogada para isso, Lloris foi segurar a bola e acabou soltando-a, De Bruyne tendo só o trabalho de botar para dentro. Confesso que fiquei até com pena do goleiro francês, pois no primeiro tempo ele agarrou demais, mas no segundo acabou falhando feio nos dois gols. 

  Mesmo ampliando o marcador, o City não mudou a forma de jogar. Mas dessa vez o Tottenham conseguiu acertar um ataque. Walker fez cruzamento perfeito para Delle Ali fazer de cabeça. Aos 19 minutos, o xerifão dos Spurs, Alderweireld, se machucou e teve que ser substituído. O técnico argentino resolveu ousar e colocou o meio-campista Winks no lugar dele. Dessa vez, o volante Wanyama foi para a zaga, tornando o time mais ofensivo.

  O jogo esfriou um pouco nos 10 minutos que sucederam o segundo gol do City. Depois desse intervalo de tempo, o time de Manchester voltou a viver excelente momento na partida e pressionava muito, inclusive Sterling sofrendo um pênalti não-marcado. Porém, no mesmo minuto do suposto pênalti, os Spurs empataram com Son, em grande jogada coletiva. Logo após o gol, o técnico da equipe londrina fez mais uma substituição teoricamente ofensiva e colocou o ponta Sissoko no lugar do volante Dembelé. Dessa forma, o Tottenham passou a jogar de forma parecida com o adversário, Alli e Eriksen fazendo os papéis de De Bruyne e Silva.

  Aos 36 minutos, Guardiola fez sua primeira substituição e a mais aguardada do jogo. O técnico espanhol colocou Gabriel Jesus no lugar de Sterling, que fazia partida abaixo do resto do time. Assim que o garoto entrou, eu comecei a torcer euforicamente por ele. No seu primeiro toque na bola, ele quase deu uma assistência, no segundo quase marcou de cabeça e no terceiro teve seu gol anulado (e de fato estava impedido) e admito que, mesmo tendo certeza de que ele estava impedido, comemorei como se fosse um título do meu time. No restante do jogo, lutou muito e fez a torcida vibrar junto com ele. 

  Pelo lado do City, os destaques da partida foram De Bruyne, Sané e Otamendi. Os dois primeiros disputando pau a pau o prêmio de melhor da partida. Já pelo lado dos visitantes, Alderweireld e Wanyama foram os que mais chamaram atenção. 

  O resultado acabou não sendo nada bom para nenhum dos dois times, só para os amantes do futebol que puderam assistir essa grande partida. O Manchester City permanece em 5º, apenas 2 pontos atrás do agora 4º lugar Liverpool. O Tottenham caiu para 3º, 3 pontos à frente dos Citzens e 9 atrás do líder Chelsea.

  Vale ressaltar que o fato de Guardiola ter colocado Jesus em um jogo desse porte, que estava empatado e ele precisava da vitória, mostra que o garoto não chega para ser apenas uma promessa. Gradativamente, Gabriel deve receber mais e mais oportunidades e, para mim, não há dúvidas de que vai dar certo.

  
 Link dos melhores momentos do jogo:





Pedro Werneck Brandão

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