O ano de 2016 do Atlético MG dividiu opiniões. O time chegou à final da Copa do Brasil e ficou em 4° lugar no Brasileirão. Para alguns, esses resultados refletem um grande ano, para outros, não. O motivo de muitos acharem que isso ainda foi pouco é que consideram o elenco atleticano o melhor do Brasil.
Por tudo isso, Marcelo Oliveira acabou demitido entre o 1° e o 2° jogo da Copa do Brasil. A verdade é que o time do Galo dependeu muito de individualidades durante todo o ano, mas também sofreu com muitas lesões, achei injusto o momento em que despediram Marcelo. Apesar disso, penso que o novo comandante Roger Machado pode fazer um trabalho ainda melhor, depois de boa passagem pelo Grêmio e um longo período de estudos.
Peças de qualidade no plantel alvinegro não faltam, mas ainda existem algumas carências. No gol, "São" Victor e o garoto Uilson estão de bom tamanho. Na zaga, a dupla Erazo e Léo Silva também é boa, comparando com outros clubes brasileiros, porém, para a reserva, só o garoto Gabriel está à altura do elenco atleticano. Por isso, Felipe Santana, ex-Borussia Dortmund, já acertou com o clube sem custos.
Nas laterais, Marcos Rocha e Fábio Santos também são ótimos jogadores. O reserva da lateral direita é Carlos César, que foi muito acima das expectativas na última temporada. Para a esquerda, o único que pode atuar na função é o volante Lucas Cândido, mas a diretoria já está ciente desse problema e tenta contratar Danilo Barcellos, do América MG.
Ano passado, o Galo contava com cinco boas opções de volantes: o excelente Rafael Carioca, deixado no banco por Marcelo Oliveira, Junior Urso, Leandro Donizete e os jovens Eduardo e Lucas Cândido. Entre esses, Rafael e os garotos continuarão no elenco, já Donizete pode não renovar, enquanto Urso só ficará se o clube comprá-lo em definitivo por cerca de R$3,5 milhões.
Para formar o trio de meias, não faltavam jogadores: Cazares, Otero, Dátolo, Dodô, Carlos, Robinho, Luan, Hyuri e Maicousuel. No comando de ataque, as opções eram Pratto, Fred e o próprio Carlos. Dodô foi emprestado para a Chape, Dátolo não teve seu contrato renovado e Hyuri pode ser vendido ou emprestado para o Botafogo.
A quantidade e a qualidade dos jogadores que poderão chegar esse ano dependerá de uma possível venda. Segundo fontes, o Atlético pode não exercer o poder de compra sobre Urso por falta de dinheiro. A segunda opção seria o empréstimo de Elias, pouco aproveitado no Sporting, por um ano, o que seria um grande reforço.
Na última semana, Roger Machado indicou o nome de Marlone, do Corinthians, para reforçar o time. Fontes dizem que o Galo ofereceu R$12 milhões por ele, mas o clube paulista recusou. Se isso for verdade, a justificativa para não comprar Junior Urso não faria sentido.
Com esses problemas financeiros, a solução para reforçar mais o elenco seria a venda de Pratto. O argentino é idolatrado pela torcida e é um jogador espetacular, mas seu valor de mercado vem subindo muito. Com interesse da China, da Europa e do Palmeiras, além do fato de ter Fred, outro ótimo atacante, a diretoria cogita essa possibilidade. Outra negociação em andamento é uma possível transferência de Cazares para o Santos.
A verdade é que, com a chegada de um segundo volante, o time titular do Atlético está pronto. As pendências seriam o lateral esquerdo reserva e um jogador de lado que pudesse manter a qualidade de Robinho e Luan, seria o caso da chegada de Marlone. Se a venda de Pratto se concretizar, um atacante reserva também poderá chegar.
Com apenas Elias de novidade no time titular, esse poderia ser o time do Atlético para o ano que vem:
Pedro Werneck Brandão
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